domingo, 11 de julho de 2010

Hoje, não sei porquê, mas apeteceu-me escrever, talvez fosse só para interromper o estudo que me deixa a cabeça em sangue, já nada entra, tudo sai, até os olhos que já pesam. Mas não tanto como a agitação das últimas noites mal dormidas, às voltas na cama na tentativa de te fazer parar de abraçar o meu subconsciente.
Queria desenhar, desenhar em cima da minha cama os sonhos das noites passadas escritos nos lençóis a insanidade e suor do calor que tem feito por aqui, sublinhados a medo e acesos pela tristeza da irrealidade. Mas não posso- os vulcões, as mitocôndrias e os retículos malditos não deixam.
Queria definir o significado das minhas noites, queria poder explicar e queria que me explicassem. Pseudo-presa ou pseudo-pseudo dizem alguns...amizade forte, amor com uma falha (mas qual falha? QUAAAAAAAAAAAL?) - já não não existe sanidade mental neste mundo valha-me Deus! Por isso é que há dois tipos de insanidade, a que se aceita e a que não se aceita, ninguém se salva. A melhor ainda é quando temos as veias entupidas de álcool e o juízo lá afogado bem como o que este arrasta numa sopa, assim a gente está contente mesmo com merda a pairar por cima.
A minha cabeça grita pela fuga em silêncio mas tento não ouvir simplesmente porque tem que ser. Sei que me espera mais uma semana de sufoco eclipsada no quarto alimentada a livros, bem como tu, mas espero que tudo se componha.
Tenho uma vida pela frente condenada em meia dúzia de dias. Ponham portas redondas em casa, estamos rodeados de bestas quadradas. Merda de vida, merda do amor, merda de país.