quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sentido da vida

Qual o sentido da vida? Deve ser esta uma das perguntas que mais deixa o ser humano de mente atada. Somos seres como os outros: nascemos, comemos, mijamos, cagamos, procriamos, voltamos a comer, a mijar e a cagar vezes sem conta, e morremos. Seria então uma breve história de vida tal como a de uma raposa no meio do mato, mas não o é, porque somos anormais, porque pensamos demais. Talvez seja esse mesmo o mal dos humanos, pensar, sentir e sobretudo pensar que o outro não pensa, até o da mesma espécie. Enquanto que o sentido de vida da maior parte dos animais é sobreviver (tentar não morrer), o nosso é viver, aproveitar, sem pensar na hora do fim e assim pegamos em tudo o que nos rodeia e inventamos. Mas saberemos nós o que é verdadeiro, real? O que é o mundo ou o que é viver? Não me parece...comecemos por pensar que nos dizem que as cores que vemos são luzes ordenadas, que tudo aquilo em que tocamos é feito de formigas que não vemos, todas elas coladas umas às outras, que aquilo que vemos pode ser imaginação, que os animais vêm a preto e branco...então aquilo em que tocamos pode ser o quê? Nada? Pode. Podemos tocar num telemóvel a pensar que o é (porque assim o inventamos) e não passar de um excremento mas com luzes bonitas reflectidas e por isso lhe chamamos de telemóvel.
Ri-te ri-te...se estivesses em ciências por engano aprendias estas físicas todas até vomitares de farto! Chegamos então à conclusão de que o ser humano é uma boa besta que para se esquecer daquilo a que chama realidade sem saber se o é, iventa sentimentos, dores de peito e de cabeça, nos quais há um "Rei"-o amor, que quando desencontrado da rainha tira a vontade de efectuar necessidades fisiológicas às mentes mais frágeis ou saturadas de tais passeios apenas pelo prazer de dizer "Tenho mais em que pensar!", e aí começa uma lenta auto-destruição. Procriamos para não procriar, só pelo prazer de o fazer sem o fazer (capiche? xD) e somos os únicos animais a fazê-lo e ainda o afirmamos como pecado.
Somos desgraçados para nós próprios- podia dizê-lo em mais de 100 exemplos e esgotar o stock de letras de todos os idiomas mas eu sei que qualquer pessoa que pense nisto uma semana seguida apenas quer suicidar-se e reencarnar num cão :)
Constatamos que a Terra não gira à volta do Sol, mas sim de dinheiro (um papel e uns círculos redondos de metal que desejava nunca saber o que eram...) e de amor que se vai sendo extinto pelo tempo que o guito ocupa. Podiamos ser como as tartarugas a viver perto de 300 anos se conseguissemos desligar o cérebro e descansar por um bocado, mas não conseguimos. A nossa vida corre atrás do destino envolta em desgraça que nem uma louca...mas sabem que mais? Qual era a piada se não fosse assim?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

M de magro, M de meu, M- melhor criação da Mc Donald's, M de melhor :)


Não sei se foi há quase 17 anos que houve algum ataque terrorista ou alguma revolução (a nível mundial), mas pelo menos na cama dos nossos pais houve! E ainda bem, porque assim demos continuidade a mais uma geração de amizade que as nossas mães começaram.
Posso não me lembrar de mim ao espelho em bebé, mas de ti lembro-me porque eras o espelho da companhia da minha alma até quando brincavamos às bonecas com umas cinco primaveras contadas.
Os anos passaram e nunca perdemos um único tijolo dos que usamos para construir a base de uma amizade sólida, apesar de alguém ter tentado parti-los ao pontapé.
Não sei se te ajudei quando mais precisaste, mas gostava que soubesses que fui uma das que ajudou a lançar a rede que te apanhou da fossa bem no meio das planícies abissais dos teus olhinhos de mar amiga, e não me afoguei! Só para que hoje nadassemos juntas.
E que ninguém diga que posso viver longe de ti porque tu podes ser a gata do bairro que nos ofusca com o seu brilho, mas quem te tem a ti como amiga, não precisa de mais nada nesta vida para ser minimamente feliz :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Chupa cadáveres

És as chupa cadáveres, não sei se já nasceste assim. Mexes as orelhas sem ouvires nada. És a pastora que só quer controlar as ovelhas. És o vómito no chão, um punhal no coração. És uma espinha no pescoço e o teu pior almoço. És a merda do esgoto e um pêlo no meu escroto. Nunca tive nenhum mas se tivesse até sem ele tinha ficado. Dei-te tudo e retribuiste-me com solidão bem no meio do teu território de pastagem. Felizmente pulei a cerca já faz uns anos para descobrir o que é viver longe da erva que secavas à tua passagem, erva que agora fumo em tua memória, obrigada.
Foste a minha melhor professora de ensino básico. E sabes o que é básico? A amizade, talvez a que nunca me deste e ainda fizeste questão de tirar...não! Aquela que me fizeste procurar depois de perder a tua e a das tuas réplicas que arrastaste contigo pelos cabelos até aos confins da desgraça. Desgraça de onde só saíram depois do resgate que me cobraste e que quase levou vidas atreladas.
Querias flores e mel, mas apenas levaste de volta o veneno e as picadas de abelha, cascavel!

terça-feira, 11 de maio de 2010


És o pássaro verde que gosta de me cantar ao ouvido todas as noites quentes até o sol rasgar as nossas pressianas ao de leve. Não me perguntes se cantas bem ou mal porque até o teu silêncio entoa bem no meu crânio, gosto de o ouvir e de to retribuir.
Acho incrível como conseguimos dizer tudo sem um único suspiro sequer e pôr tudo a pratos limpos sem termos o trabalho de os limpar.
Acho piada à loucura da simplicidade com que encaramos as coisas e a forma como elas são brutalmente complicadas. Acho piada à sintonia e à corda que nunca rebenta por muito que a estiquemos com e sem ajuda. Mas não gosto do frio. Cantas menos nessa época, a voz falha-te e a primavera perde a cor, até tu perdes os teus tons de verde arrancando-me a esperança e rasgando-a como um panfleto de pizzas baratas que deixam na tua caixa de correio todo o santo dia.
Sei que sou das poucas pessoas que te consegue fazer mudar de cor, não com aguarelas, acrílicos ou guaches que uso para pintar a minha cabeça, mas com as minhas palavras e actos que te põem a atravessar o espectro à miníma lâmpada que se acende sob a tua mente. Mas podes mudar de cor as vezes que quiseres, podes ficar transparente (de uma vez por todas) que não vais nunca ficar invisível, pois a tua presença é constante e o encanto nunca se perde.



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Emagrecer (para vidas gordas e vidas magras, cheias e vazias)

Emagrece o teu corpo;
Emagrece a tua mente;
Emagrece o teu espírito;
Emagrece as tuas expectativas;
Emagrece o teu mundo;
Emagrece o teu coração;
Emagrece porque tás gorda, gorda na vida dos outros, gorda de tudo. Emagrece e engorda os olhos dos que te rodeiam. Emagrece para não ocupares espaço, emagrece para ninguém dar por ti. Emagrece porque há quem queira.
Emagreçam todos caralho, qualquer dia desapareço! E tu, tu engorda! Engorda a minha vida, deixa-a com obesidade mórbida porque gordura é formosura.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

De que adiantam totós da sorte
Ou pulseiras de desejos,
Se eu prefiro a morte
A viver sem os teus beijos?

Explica-me a ânsia pelo toque,
Nesse amor de cerveja
Que já não há quem sufoque.

Doença alguma causaria tal dor,
Cura desta me ensinara
A nunca mais chamar-lhe amor.

És um fetiche, e o resto que se lixe xD