Estou tão cansada, tão farta e tão zangada, zangada comigo mesma. Podes fazer as piores coisas do mundo contra mim, tirar tudo o que tenho de bom e me mantém viva, dizeres o que quiseres, que eu vou continuar a adorar-te, a pôr-te num pedestal que por muito baixo que seja há-de ser sempre alto demais para ti e odiar-me a mim própria cada vez mais e mais...
Sou como um carro com as rodas tortas que só anda em marcha atrás, preciso sempre que me ponham direita, me indiquem o caminho (nem que eu não dê ouvidos) e me esperem na meta.
Acho que o meu problema é excesso de imaginação e indecisão- sou capaz de ver todos caminhos possíveis a seguir sem saber qual escolher com medo do fim da estrada, por isso, sinto-me sempre necessidade de ter quem me ature.
Sou estranha a mim mesma, a minha personalidade muda consoante tenha uma borbulha na testa ou não, alguém a chatiar, a melhor companhia ou a pior de todas, a auto-estima a 0 ou a 100, a puta da mania em alta ou não, posso até ser o clone que sempre quiseste, mas não por influência.
Às vezes nem sei do que gosto ou desgosto, mas consigo perceber que existem milhentas coisas que eu gostaria mudar na minha vida e em tudo aquilo que faço. Gostava de ser fria, deixar de sofrer (não só por antecipação como dizem que faço) e de não errar ou ir na conversa do lobo mau pois sei que mais tarde ela se resume a uma enorme vontade de desaparecer para sempre. Sou capaz de filtrar tudo o que digo e tudo o que oiço para não cair em tal desgraça.
Tenho uma visão distorcida do mundo, e sou capaz até de o ver aos corações e isso ensinou-me a caminhar de pé atrás e a olhar para todos os lados, todos os dias, com toda a gente.
Estou cansada de não haver mais nada a fazer em relação a mim e feliz por ter comigo os que tenho.
"life isn't supposed to make you feel happy, it's supposed to make you feel."
ResponderEliminarhá sempre muito a fazer em relação a nós, a ti, eu acredito que sim.