segunda-feira, 7 de junho de 2010

Queria acordar a voar sem bater com a cabeça no tecto como de costume.
Acordar leve num quarto todo branco e solarengo, bem no meio da cordilheira de lençóis da grande cama, só com a nossa pele vestida e o nosso pequeno-almoço na cama: tenros lábios, suculentos beijos, tostas com compota de amor e um copo de mimos logo pela manhã. Com o sol a torrar-me a cara e o vento a cantar para as árvores lá fora.
Queria adormecer tua e acordar ao teu lado a saber que és meu não só em sonhos de lua cheia.
Quero dormir com o teu ouvido no meu peito a ouvi-lo palpitar para ti até quando durmo, ou simplesmente ficar acordada só para te ver dormir e lutar noite dentro contra o impulso de te acordar com beijos.
Não quero uma argola de metal no dedo nem o teu nome num papel, só o teu cheiro, o teu toque ou o teu silêncio que me põe o coração a cantar bem alto de felicidade.
Quero acordar inteira e não a metade que sou quando estás longe ou a metade que fui antes de te conhecer. Quero-te menos do que já quis e mais do que o tempo deixa.

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